domingo, 26 de agosto de 2012

Target B1

Olá, olá, olá~~ 

Estamos aqui coincidentemente em um novo domingo. Acabo de perceber que eu tenho essa tendência gigante à só postar em domingos, provavelmente porque é o dia oficial do tédio. 

Estamos aqui depois de mais uma das minhas características crises desesperadas por causa de fanfics. Se passaram uma semana e eu ainda não resolvi meus probleminhas com Think Twice. Na verdade, ontem eu tive a pior crise de todas, porque eu estava com um medo absurdo de fazer bobagem no final graças à minha idiota vontade de olhar as outras fanfics que eu finalizei. Uma delas só recebeu críticas, enquanto a outra devo ter feito uma merda tão grande que eu nem recebi comentários. 

E digitar T*T daquele jeito não iria ajudar em nada. Acabei começando a chorar igual uma tonta, e meus olhos estão doendo até agora. Também não ajudou muito porque o Leeteuk, Líder do Super Junior, foi para o exército ontem, se afastando do grupo. Aí eu fiquei mais desesperada ainda.

Mas agora estou melhor. Digitar outras fanfics, de tema diferente, ajudou bastante, e consegui sair com um novo capítulo do Target B pra vocês! 



Espero que gostem!

-Target B1- As Irmãs Kagami


Sinal do começo da aula toca. Já estavam quase todos na sala quando o professor chegou à sala do 2-A dando boas vindas aos alunos naquele início de primavera, perguntando-lhes brevemente a respeito das férias de verão.


Todos os alunos estavam bastante animados ainda. Estavam sentados em quaisquer lugares, conversavam bastante sobre várias coisas, principalmente a respeito do fato da sala não ter mudado quase nada de um ano para o outro, aparentemente. Podia ouvir, também, histórias de aventuras de verão e viagens dali e de lá, de todos os cantos da sala. Haviam risadas constantes. Claro que a presença do professor pareceu aquietá-los um pouco, mas as vozes dos adolescentes não sumiram completamente. Nunca seria possível extinguir a conversa num primeiro dia de aula, ainda mais na primeira aula do turno.

O professor deixou sobre sua mesa uma caixa com papéis, e na lousa desenhou um mapa de sala de carteiras numeradas. Orientou que cada aluno tirasse um papel e se direcionasse à carteira indicada imediatamente – coisa que parece ser costume local, já que nenhum aluno contestou e foram logo pegar seus papéis, sendo as últimas a se mobilizarem as duas desconhecidas. Haviam permanecido tão silenciosas que só então o senhor lembrou-se de que estavam ali.

-Ah sim! – exclamou, fazendo uma misteriosa expressão de alegria – Classe, temos alunas novas este ano. Estas são as irmãs Kagami, vindas da capital Tóquio. Poderiam se apresentar melhor, por favor?

As duas haviam acabado de sortear seus lugares quando foi pedido para que realizassem uma breve apresentação a respeito delas próprias. Uma olhou a outra um par de vezes, revezando o olhar mirando o professor, que se mostrou confuso com aquela atitude. Os alunos dessa classe também voltaram sua atenção para a frente da sala, para o quadro negro. As duas, então, se colocaram uma do lado da outra como em formação, uma delas apoiando de leve as costas na superfície do quadro negro e a outra se mantendo a olhar a sala, um tanto vacilante, mas com uma postura ligeiramente mais aberta e receptiva que a outra.

-Eu sou Akane. – tirou suas costas da lousa e pôs-se bem ereta, demonstrando maior desconforto. Esta mantinha os braços cruzados à frente do busto com certa força e um olhar que, além de antipático, era bastante irritadiço, beirando a hostilidade.

-Eu sou Akemi. – a outra ergueu a canhota em sinal de aceno. Suas maçãs do rosto estavam bastante rosadas, contrastando com as faces um tanto brancas, e tal tonalidade reforçada por um sorriso que salientava suas bochechas de leve. O que contradizia a natureza simpática de seu sorriso era seu olhar tímido voltado ao chão. – E...

-Não encham o saco. – a primeira interrompeu a segunda, logo a segurando pela mão e levando-a para seu lugar num puxão.

Todo mundo olhou estranho. Que tipo de aluno novo se apresenta logo em seguida estabelecendo aquela barreira antissocial ao seu redor? As pessoas presentes não pouparam comentários. Por causa daquilo, demorou um tempo para que voltassem a se arrumar pela sala.

As fileiras terminaram de se formar e, como sempre, os lugares impostos pelo sorteio foram inconvenientes à grande maioria dos alunos. Praticamente todos os círculos de amizade foram despedaçados e seus membros espalhados pela sala. Sem sombra de dúvida aquele era o objetivo do sorteio, ajudava a manter a ordem. Mas não adiantava discutir. Simplesmente obedeciam ao posicionamento dado pelos papéis e iniciaram o silêncio, que também iniciou o começo das aulas. Mas óbvio que sempre tinham aqueles que queriam burlar o sorteio.

A primeira a fazer isso foi Akane, que sentou-se em seu lugar pré-apresentação e amassou o papel que continha seu número. Sua irmã acabou sentando na carteira da frente pelo próprio sorteio, acabando por não separá-las. Mas aquele trio que havia caído sobre o interesse das gêmeas haviam sofrido as consequências, acabando por serem separados especificamente por elas.

-Oe, guria estranha. – o de pior humor se pôs de frente para a menina, mostrando-lhe o papel – Esse aqui é o meu lugar.

-Agora não mais. –ela pegou o papel da mão dele e colocou no lugar o seu próprio- Esse aqui é o meu e este aí agora é o seu. – fez pouco caso, obviamente.

-Akane-chan... – Akemi disse após um suspiro – Vá pro seu lugar e deixe-o sentar...

-Não tô afim. – respondeu em tom áspero.

-Você não pode burlar o sorteio, sua...! – o rapaz se conteve, amassando o papel em seu punho.

-Tinha que ter encrenca logo no começo das aulas...? – deixou cair a cabeça para frente, falando num tom de lamento que beirava um choramingar. – Akane-chan, não seja grosseira e mude de lugar logo.

-Ele também foi grosso. – protestou. – E eu estou pouco me lixando.

- Você...! –ele rangeu os dentes, jogando um olhar de raiva sobre a primeira menina, que retribuiu com igual amargura.

-Ranger os dentes não vai me assustar, sabe.

-Vocês vão se resolver logo ou vou ter de eu ir aí resolver? – o professor parou de escrever na lousa e virou-se naquela direção, colocando as mãos sobre a mesa.

-Gokudera-kun! – chamou a atenção o franzino, sentado na carteira da fileira paralela- Deixa isso pra lá!

-Eu vou para aquele lugar, pode sentar-se aqui! – afim de manter a paz, a gêmea mais calma se levantou com o material na mão e foi ao lugar vazio, que era, também, ali perto, o que fez com que ela se confundisse um pouco (afinal, era igualmente perto! Por que brigar por aquele lugar? ), mas não discutiu, apenas foi.

Aquilo resolveu a situação antes que algo pior acontecesse. Gokudera, o rapaz, tomou o lugar que lhe foi cedido e abriu um breve sorriso para o amigo da carteira ao lado, pedindo-lhe desculpas. Sorriso que pareceu gratificar a apaziguadora, mesmo que recebendo o mal tratamento da irmã em seguida. Faria o possível para se manter fora de confusões e continuaria daquela forma.

A manhã seguiu com calma depois daquilo até o sinal do final das aulas. As irmãs Kagami, que pareciam, de fato, uma refletir a outra pela aparência perfeitamente arrumada, passaram aquele dia sozinhas, sendo observadas por professores e alunos ao redor. As duas almoçaram sozinhas, conversando suas próprias coisas. Coisas que ninguém entendia, óbvio. Apenas elas. Algumas pessoas queriam realmente estabelecer um contato com elas. Por algum motivo, pareciam fascinantes aos olhos de alguns.

-Ehh?! – Tsuna soltou uma exclamação quase assustada enquanto conversava com uma de suas colegas, Kyoko, no armário de sapatos – Pr-Pretende falar com elas?!

-Uhum! – ela disse com um sorriso doce no rosto e um ar de entusiasmo – Mesmo que aquela apresentação delas não tenha sido das melhores, elas parecem ser legais! – tirou cuidadosamente os seus sapatos dos pés e calçou aqueles no armário.

-Elas me deram um pouco de medo... –ele sorriu um tanto nervoso- Mas se você acha isso...

-Você é louca que nem o seu irmão. – Gokudera pigarreou no corredor seguinte de armários, jogando-os lá dentro com total descaso – Depois dessa, queria até nem poder ver a cara delas!

-G-Gokudera-kun! – o franzino pareceu aflito.

-Maa maa, Gokudera! – Yamamoto interviu rindo, sem nem tocar em seu armário de sapatos – Elas parecem ser legais, mesmo! Uma delas lhe cedeu o lugar, até!

-Tsc. – cruzou os braços. Estava inflexível quanto sua opinião.

-Gokudera-san, - Kyoko colocou a cabeça para olhar o outro lado dos armários – Você poderia ao menos ter agradecido.

-Ah, eu agradeço amanhã. –coçou atrás da cabeça, fazendo pouco caso.

-Amanhã vou falar com elas também! – O mais alto voltou a falar, tomando a frente, indo já em direção à saída.

-Yamamoto, você vai mais cedo? – Perguntou Tsuna, vendo que ele já caminhava para fora.

-É! – sorriu – Preciso ajudar meu pai hoje!

-Ah, tá. Ja nee. –acenou. Os outros dois fizeram o mesmo.

-Soreja~~ 

Os três que sobraram também não permaneceram ali. Foram caminhando na direção do portão de saída da escola, que já estava para ser fechado pelos membros do comitê disciplinar de lá e se separaram, os dois garotos seguindo para um lado e a menina para o outro. Despediram-se ali e cada um seguiu para seu próprio caminho.

Os dois continuaram a conversar até a casa dos Sawada, onde o mais baixo permaneceu. Despediu-se do companheiro e entrou em casa, logo sendo recebido pela barulheira das brincadeiras das três crianças que passaram a habitar sua casa de uns tempos para lá. Sua vida como recém-intitulado chefe de uma máfia não estava indo muito bem em todos os sentidos.

-Tadaimaa!

Disse ao fechar a porta e tirar os sapatos, na esperança de que o aviso chegasse até sua mãe. Não esperou receber nenhuma resposta e logo foi subindo desajeitadamente as escadas que levavam aos quartos da casa. Cruzou o corredor, foi ao seu quarto, largou a bolsa escolar na entrada e pulou de costas em sua cama, fechando os olhos enquanto soltava um gemidinho de dor ao sentir sua coluna se realinhar inteira.

Como toda volta às aulas, aquele havia sido um dia seguinte. Tsuna levou as mãos para a parte de baixo de sua cabeça, bem na nuca, e ficou olhando o teto em seguida depois de soltar um longo suspiro. Seu quarto estava em um absoluto silêncio, ouvindo os movimentos da casa bem abaixo do piso de madeira. A choradeira, o som da mãe fazendo comida, de alguém tomando banho...

Abriu um sorriso ao sentir-se seguro em sua casa. Aquela sensação acabou num instante.

-Teve um dia cansativo, Dame-Tsuna? – ouviu vindo de cima de si aquela vozinha lhe falando. Abriu os olhos imediatamente, e então levou um chute na cabeça – E como foi a volta às aulas?

-Itteeee! –ele choramingou, pondo-se sentado rapidamente, com ambas as mãos aonde levara o chute- Reborn! Por que fez isso?!

-Responda logo ao que eu te perguntei, aluno inútil. – O pequeno hitman sentou-se no espaço da cama que havia perto do pé, cruzando as pernas e olhando ao menino com certa seriedade.

-Por que o interesse no meu dia? ... – olhou com suspeita.

-Só quero saber como foi. – abriu um sorriso como se fosse inocente. Nada que ele perguntava vinha sem um propósito.

-... – Demorou-se à falar, mas amedrontado diante da possibilidade de levar outro chute ou até mesmo um tiro, resolveu falar – Entraram duas alunas na minha sala que tiveram certos problemas com o Gokudera-kun... – coçou atrás da cabeça.

-Ohh. – aquela exclamação pareceu demonstrar interesse – Que tipo de problemas?

-Bom, uma delas brigou com ele por causa do lugar... Não sei qual que era qual, mas...

-Como assim, não sabe qual é qual? Não sabe os nomes dos seus próprios colegas?

-É-É que elas são iguaizinhas! –mexeu as mãos num gesto aflito, se inclinando para trás. Sempre, sempre, tinha medo do que o Arcobaleno poderia fazer. – S-São gêmeas e não dá ainda pra saber direito quem é quem! – olhou nos olhos do bebê. Ele olhou de volta. E covardemente voltou a falar – Apesar de que elas são bem diferentes entre si do jeito de agir... Uma delas assusta, mas a outra parece... mais calma.

-... Heh. – abriu um pequeno sorriso, que fez um arrepio percorrer pela espinha do adolescente. – Espero que se deem bem, vocês três. – Saltou da cama e pôs-se a andar na direção da porta.

-Mas ein...? –olhou com interrogação.

-Não tem tarefa pra fazer, não? –olhou por cima do ombro.

-HIIIIIE! –soltou um gritinho e foi logo atrás da bolsa escolar- Vou fazer, vou fazer!

A conversa entre tutor e aluno acabou ali. A história com as irmãs espelho não iria acabar tão cedo.

Na verdade, iria ainda bem longe...
(e PARA NOOOOOOOOOOSSA ALEGRIIIA!, um desenho meu das duas~~  )

domingo, 19 de agosto de 2012

Sofrimento de Fã

É, em resumo, o seguinte gif:



Você é o tempo inteiro bombardeada, atingida pelos seus Feels gerados pelos animes, mangás, jogos e artistas que você mais ama. Não dá pra negar, meninas e até meninos. Todos nós já nos passamos por fãs loucos, cada um pelos seus motivos.

Como vocês devem imaginar, eu já fui fã louca de muitas coisas. De Sonic (só pros olds das internet), Soul Eater, Kingdom Hearts, Zelda, Durarara, Tengen Toppa Gurren Lagann, Katekyo Hitman Reborn e, por último -mas não menos importante, Super Junior. Não é como se fosse difícil descobrir do que eu estou fã ou não. Não que eu deixe de ser fã das outras coisas, eu apenas vou virando fã de mais um monte.... Enfim.

O problema de ser fã de muitas coisas... é quando um fanatismo interfere ou atrapalha o outro, e você tem que abrir mal de um deles por vez.



Todos aqui sabem que eu estou há um bom tempo escrevendo uma fanfic de Durarara com OCs, Think Twice. De todas as fanfics que já fiz até hoje, embora tenha feito um monte, é a que mais eu me apeguei emocionalmente, a que eu mais me dediquei e a que eu mais tenho gostado de escrever. Mas tenho um problema agora: O próximo capítulo será o capítulo final. 

Isso já é dor no coração o suficiente, pfvr. Terminar esse capítulo vai ser, pra mim, tão ruim quanto perder uma amizade - e de perder amizade, infelizmente eu conheço. Mas já perderam minha amizade também, então não vou ficar me importando com isso agora, embora eu ainda sinta saudades. Enfim. 

Mas outro problema que eu enfrento, e que é o tema de hoje, é Super Junior.



Como vocês devem imaginar, eu tenho um monte de músicas deles. PFVR, eu baixei a discografia do grupo, incluindo os Repackages. Só falta eu baixar os mini albuns dos sub-grupos e pá. E sempre que eu ouço, eu tenho uma vontade incontrolável de cantar e dançar como se eu fosse uma diva - O que eu não sou. O Heechul que é e - .

Ou seja: Eu ouvindo Super Junior = Não conseguir fazer mais nada. 

E eu tenho mania de deixar o ITunes tocando no aleatório. Mas, ÓBVIO, tem músicas de SuJu no ITunes o suficiente para que a cada 5 músicas que tocam no aleatório, 2 serem deles. O que significa que a gente tem um problema gigante. 

Agora liguem os pontos, galera. Se eu estou tentando escrever um último capítulo de fanfic, que eu não queria realmente estar escrevendo apesar de eu própria ter rumado a história inteira já faz uns 10 capítulos para o final, e eu já sou enrolada com fanfics... Agora me faça ouvir Super Junior. Não vai dar certo. Isso aí dá negativo, dá número não real, dá explosão atômica! -WAT 

Ou eu faço uma coisa ou eu faço outra. Ou eu escrevo, ou eu ouço Super Junior. Eu ainda não aprendi a fazer os dois ao mesmo tempo, pois ambos acabam pegando muuuuuito da minha atenção. E eu sendo fã tanto de Super Junior quanto de escrever fanfics e animes, não consigo escolher naturalmente um ou outro. NÃO. CONSIGO. 

Não consigo simplesmente parar de ouvir SuJu porque o vício tá foda aqui, mas eu também não consigo simplesmente passar dois dias sem escrever fanfic senão eu fico em crise de abstinência! 

Meu cérebro é movido à isso, mas não consigo ficar sem os dois! Meu cérebro não funciona sem as duas coisas, mas as duas coisas não funcionam juntas! PQP! FUDEU!



domingo, 12 de agosto de 2012

Companheirismo

KLSJFKLDFSDJKL OOOOlá pessoas!

Estamos aqui neste domingo, Dia Dos Pais, coisa que eu não posso comemorar porque eu sou mulher e tal, lendo esse blog de merda que ninguém deve gostar. Na verdade, se tem alguém lendo isso aqui, eu já agradeço profundamente, e de presente você ganha um coraçãozinho do Heechul.




Simplesmente porque esse é o melhor gif do mundo, e eu amo ele. Tanto que é por isso que não vou perder uma única oportunidade que surgir pra eu postá-lo. 

Mas voltando ao assunto, que não é pra ser Super Junior -embora, pelo título, combine com eles, porque são todos lindos que são amigos e companheiros e se ajudam e-. Pois é, hoje o assunto não vai ser SuJu, muito menos Dia dos Pais. 

Estou aqui para postar mais uma fanfic minha, AEAEEEEE \O/

Ultimamente, sendo um ser humano muito desocupado, chegando a ser triste - fui diagnosticada esses dias com depressão, mas isso, assim como Super Junior e Pais, é assunto pra outro post-, tenho escrito muitas e muitas fanfics, embora eu demore a postá-las por, muitas vezes, falta de nome. E esta one-shot, que é mais uma das minhas ShinarxCelty (Porque... OTP), não foi exceção.

Eu escrevi ela inteira há quase um mês, mas ela permaneceu sem nome até ontem, que eu fiquei simplesmente irritada e dei um nome qualquer, que não tem lá muito a ver com a One-shot em si. Talvez um pouco com o sentimento que rola, mas também duvido um pouco.

Enfim. As pessoas nesse exato momento estão chegando aqui em casa para o almoço do dia dos pais, ou seja, vou ter de sair, então fica aqui pra vocês!




Companheirismo escrita por Nuvenzinha (sim, eu mudei meu nome de usuário do Nyah para Nuvenzinha porque... porque sim.)

Sinopse: Era uma sexta-feira qualquer em Ikebukuro. Celty estava indo de um trabalho a outro pelas ruas da cidade quando decidiu parar um instante para averiguar algo que achou estranho num beco.
E acabou por encontrar um gatinho em uma caixa de papelão.
[One-shot ;; Kishitani Shinra x Celty Sturluson]

Classificação: Livre
Categorias: DURARARA!! 
Personagens: Celty Sturluson, Kishitani Shinra
Gêneros: Amizade, Romance

Capítulos: 1 (2132 palavras) | Terminada: Sim 


Capítulo Único ;;



Era mais uma noite de sexta-feira na qual Celty teria de voltar para casa depois do trabalho com a perspectiva de ficar sozinha. Coisa que não estava acostumada a fazer, ficar sozinha a noite. Dormir e acordar sozinha.



Era realmente muito triste para ela e ainda mais porque não tinha o que fazer a respeito. Shinra estava viajando por causa de feiras médicas, tentando aprender coisas novas que pudesse aprimorar e utilizar em sua profissão. Ele provavelmente também estava triste. Aquilo estava acontecendo já havia um tempo, duas semanas, mais ou menos. Provavelmente, 10 dias.

Sendo, de certa forma, companheiros, o mais lógico era que ela o acompanhasse em tal longa viagem, mas, não sendo uma “criatura real”, não havia como ela viajar junto – ela própria havia dito aquilo para ele, portanto, era sua culpa ela estar se sentindo sozinha. E como dizer a ele que queria voltar atrás agora? O rapaz provavelmente iria fazer algum comentário inconveniente e acabariam discutindo. O jeito, então, era esperar que aquilo acabasse logo.

Enquanto isso, tinha de trabalhar.

Era ainda de tarde, apesar de que já estava em seu fim. Cortava as ruas de Ikebukuro em alta velocidade com sua moto negra, indo de um lado ao outro como sempre, enquanto o sol ia unindo-se cada vez mais com o horizonte, mas sua consciência, não sendo realmente necessitada naquela situação vez que já sabia os caminhos de cor e salteado, estava em outro lugar. Aquela falta de ter no que pensar também tornava o trabalho tedioso. O que lhe dava abertura para, mais uma vez, se lembrar de sua solidão...

“Queria ao menos saber uma data aproximada de quando ele volta”, pensou.

O tempo parecia se arrastar lentamente, como a areia de uma ampulheta que demora a cair. Apesar de que teria de voltar para casa para se sentir tão sozinha quanto nas ruas, ansiava poder voltar e relaxar um pouco. E aquela ansiedade pareceu aumentar ao reconhecer que o caminho que fazia agora era o mesmo que fazia para chegar em sua casa sendo que aquele não era seu destino. Seus ombros caíram junto do que soltou um suspiro de angústia, segurando um pouco mais frouxamente o guidão da moto. Nunca tinha detestado tanto seu trabalho quanto agora.

Algo a fez parar diante de um beco no caminho, como se tivesse alguma coisa ali. Ficou olhando, examinando. A rua estava um silêncio total. Ouviu um barulhinho baixinho vindo de dentro de uma caixa deixada ali, no escuro. Que som era aquele? Por algum motivo, logo pensou “vá olhar”. Algo como um lado humano seu, sempre curioso.

Estacionou sua moto junta à valeta da rua, mas ficou ainda um tempo montada nela, apenas olhando. Não sinhá certeza nem se havia mesmo ouvido um barulhinho vindo da caixa nem se seria bom espiar o que era, mais pelo seu horário do que por qualquer outro motivo. Seu trabalho sempre exigia velocidade. O que lhe lembrou que estava um tanto adiantada.... Em seguida, tal pensamento a fez descer de seu veículo e ir adentrar aquele beco.

Lá logo encontrou a caixa como sendo a única coisa ali dentro além de alguns sacos de lixo. Ouviu, de novo, aquele barulho indeterminado, que agora associou aos miados de um gato. Não tinha ainda certeza, vez que era um barulho bem baixinho e fino. Só teria como saber abrindo a caixa, e assim o fez. E realmente havia um gato dentro!

Um filhote de gato, com o pelo branco com certas partes em um tom amarelo, meio alaranjado, junto de um cobertor azul e um pequeno pote de comida, já vazio. Os olhinhos do gatinho caíram sobre o capacete de Celty com certo interesse, erguendo a cabecinha como se fosse cheirá-la. Olhou um pouco ao redor e viu escrito na lateral da caixa um “Adotem-me”. Ela logo tomou-o em suas mãos e o trouxe para perto. Era tão pequenino, e seu pelo era bem macio e fininho. O mais interessante foi que o pequeno havia gostado dela.

A motoqueira ficou encantada, um tanto emocionada. O pequeno felino brincava com seus dedos, mordiscava suas luvas e parecia gostar de seu capacete, talvez por imagem e semelhança. Aquilo lhe deu uma ótima sensação. Era um gatinho tão bonitinho... Não conseguiu entender como alguém poderia abandoná-lo. A primeira coisa que pensou foi que aquela era uma pessoa realmente sem coração, mas logo pensou na possibilidade de uma criança tê-lo achado primeiro e os pais o fizeram abandona-lo outra vez. Devia ter chorado muito o garotinho ou garotinha e, na inocência, deixou-o ali, provavelmente um lugar perto de sua própria casa. Uma pena.

Sua tristeza morava no fato de que ela, talvez, também não pudesse ser dona dele. Não teria tempo para cuidar de um filhote.

Com sofrimento, Celty colocou o gato de volta em sua reles caixa, enrolou-o no cobertor e voltou a fechar as tampas de papelão, saindo dali rapidamente. Quanto mais olhasse, mais sofreria com a decisão. Não deveria nem ter criado esperança de tê-lo para si. Seria impulsividade sua adotar um gato, ainda mais por sequer saber se poderia cria-lo em seu apartamento. Pobrezinho. Para tentar tirá-lo de sua mente voltando ao seu trabalho, seguindo por seu caminho.

Mas mesmo durante o trabalho, sua mente estava agitada. Não conseguia tirar de seus pensamentos que o próprio gatinho iria morrer de fome ou frio naquela caixa de papelão. Ou então que algum maluco o pegasse e o matasse num site. Ou então que algum tipo de serviço social o levasse para um abrigo, onde cresceria sem ninguém para adotá-lo. Se remoía pensando naquilo enquanto ia e vinha pelas ruas enquanto ia de um serviço ao outro.

No final de seu turno, já de noite, ela decidiu pegá-lo para si.

Fazendo seu caminho para casa, passando pelas ruas que se esvaziavam depois de terem enfrentado o tráfego do final de turno do trabalho de todo mundo, iria passar antes naquele beco. Estava tão cismada com aquilo que estava disposta a criar o bicho escondida dos administradores do prédio caso eles não lhe concedessem permissão para ficar com ele. Não iria conseguir sossegar sabendo que o gatinho estava lá a ver navios, abandonado. Shinra também não iria ficar chateado com aquilo, tinha quase certeza. Então ficaria tudo sem se ele voltasse e recebesse a novidade de terem um mascote.

Teve de insistir um pouco naquilo em sua mente enquanto olhava os vários becos entre os prédios que delineavam a rua para achar o certo, identificando-o pela caixa de papelão com o anúncio. Estacionou a moto, desceu dela e logo se agachou diante dela, abrindo-a de novo e vendo seu interior vazio.

“Ah...” a motoqueira se afastou com um aperto no peito “Não está mais aqui”.

Levantou-se, mas ficou mais um tempo contemplando a caixa vazia, pensando novamente nas alternativas de antes. O gatinho parecia ser muito novinho para sair por conta própria, então alguém o retirou dali naquele intervalo de tempo em que ficou a trabalhar. Alguém interessado em ficar com ele, um maníaco ou um funcionário do abrigo de animais? De algum jeito, aquilo que se fixou nela foi a ideia de que alguém que quisesse adotá-lo o achou ali e o pegou para si, e aquela perspectiva a consolou um pouco. Ao menos, ele não estaria sozinho. Lhe dariam água, comida, abrigo e carinho, tudo que o pequenino iria precisar. Ela teve de engolir seu próprio descontentamento e então partiu dali.

Não deveria ter se iludido. Shinra poderia sim ter ficado chateado e se ela fosse pega em algum momento pelos síndicos se fosse criar o gato às escondidas estaria com problemas. E, mesmo se ficasse com ele, ele ficaria simplesmente preso dentro do apartamento, sozinho. Era melhor deixar aquilo de lado, por mais que sentisse certa decepção e tristeza naquilo.

Sem demora, subiu ao seu apartamento e foi logo se dirigindo à porta, tirando de um bolso oculto de sua roupa o molho de chaves. No ato de colocar a chave certa no buraco de fechadura, a porta se abriu – o que a surpreendeu. Será que tinha esquecido de trancar a porta? Aquilo não era de seu feitio, mas andava tão distraída e alheia às coisas que não duvidou que realmente houvesse esquecido. Aquilo poderia ser perigoso, poderiam ter sido assaltados, mas aparentemente estava tudo bem. Afinal, o porteiro não disse nada. Estava já convencida de ter simplesmente esquecido quando notou que as luzes estavam acesas. Aquilo já era demais.

“Mas que...?”

–Celty! – Shinra, que estava sentado no sofá da sala, levantou-se com um enorme e radiante sorriso em seu rosto – Que bom que chegou! Fiquei com medo de você vir muito tarde! – e abraçou-a forte antes mesmo que ela pudesse reagir à sua presenta.

“Shinra...!” Ela, em primeiro momento, ficou com os braços meio suspensos, estática. As mãos com os dedos ligeiramente abertos e os ombros travaram, se erguendo com o pequeno susto. Apenas depois de algum tempo processando tudo, pousou as mãos sobre as costas do doutor, retribuindo timidamente o caloroso abraço. Em seguida, se afastou um pouco. “ Quando foi que chegou?”

–Não faz muito tempo. – Ele disse, se afastando também, mas segurando suas mãos, que rapidamente levou ao seu rosto, tirando-lhe as luvas negras e dando-lhe um beijo em sua palma alva – Senti sua falta!~

“...!” tomou mais um susto, constrangendo-se, recolhendo rapidamente as mãos e os ombros, tendo de se segurar para não dar-lhe um tapa naquele instante ”Shinra!!!!!!!!!” Seus dedos tropeçaram uns nos outros no que foi digitar, colocando propositalmente várias exclamações.

–Desculpe, desculpe! – ele riu, sem graça – Senti mesmo, muito a sua falta!

Os dois ficaram a conversar mais um tempo, sentando-se à mesa da sala e pondo-se a jogar papo fora. Contaram um ao outro como foram seus dias, como passaram as horas naqueles dias em que estavam separados. Não só o rapaz havia sofrido com as saudades, mas Celty não estava disposta à deixar que ele soubesse do que ela havia sentido. Não depois do que ele tinha feito, tão repentinamente. Mas de uma forma ou outra, ambos aproveitaram aquele tempo conversando, mesmo sendo um momento considerado banal.

Em certo momento, ele pareceu lembrar-se de algo. Não haviam conversado nem por dez minutos antes disso acontecer e ele se levantar de sua cadeira, indo de volta ao sofá, pedindo a ela que pegasse um abridor de latas aparentemente sem nenhum motivo.

“Mas pra que precisa do abridor?” foi atrás dele ao invés de ir logo para a cozinha.

–Pra abrir essa lata aqui. – Sequer olhou enquanto levou a mão à uma sacola plástica e dali tirando uma latinha de comida. Parecia procurar algo entre as almofadas que compunham os assentos do sofá.

“...Shinra, isso é comida para gatos.”

–Exato! – ele riu, em seguida se erguendo com um gatinho nas mãos. Não só um gatinho qualquer, mas aquele que estava na caixa ali perto – É pra esse amiguinho aqui, não pra mim!

Mais uma surpresa. Celty deu um salto para trás, mas logo se aproximou de novo, extasiada. Mal conseguia acreditar que ele estava mesmo ali. Não perdeu tempo em perguntar como nem porque ele estava ali, e já tomou-o em mãos. O pequeno felino imediatamente estendeu a pata até a fumaça que saía do pescoço da durahan, que sacodiu de leve os ombros, indicando que riu. De certa forma, aquele contato lhe fez cócegas.

–Imaginei que vocês fossem se dar bem quando o vi naquela caixa. – ele sorria, observando-a se divertir com o filhote, fitando-os com um olhar terno.

“Eu o vi na rua, também... E já queria trazê-lo para cá.” Ela suspirou, acomodando o filhote na dobra de um dos braços, logo começando a digitar em seu palmpad “Mas...”

–Não precisa se preocupar. –riu, segurando-lhe a mão antes que terminasse a frase – Já falei com o síndico e ele deixou que ficássemos com ele. – aquilo a fez se animar – Apesar de que eu tenho a impressão de que você iria acabar criando-o escondido aqui mesmo se não tivessem deixado...

“Entendo...” Ficou sem graça.

–Mas, sabe... –ele disse com um ar sereno, porém meio triste no fundo – Ele veio em boa hora.

“Como assim?”

–Eu ainda vou ter de viajar mais algumas vezes. –Ele coçou a nuca- Sabe como é, muito o que fazer!

“Sim...” ela digitou com pouco ânimo.

–E você vai ficar sozinha...

“Bom, sim...”

–Não mais! – ele falou em um tom um tanto animado- Agora, ele vai estar aqui para garantir que você vai ter companhia! ~

E que não vai ser a de outra pessoa, ela pôde ler nas entrelinhas do que ele dizia, apenas pela expressão que ele fazia. Sorridente, mas com uma ponta de desconfiança, como se ele achasse que ela fosse sair com outro alguém em sua ausência.

Aquilo fez com que ela risse. 


~x~


- Por que você tá rindo, Celty?


Você é muito ciumento, sabia? Cutucou-o.


-Você fala como se eu não tivesse motivos! fez uma expressão brava quase birrenta.